outubro 05, 2010 | By: Juninho

Magia do Amor


Já se perguntou quando está amando por que

Parece não viver mais sem ela.
 
Tem-se a nítida sensação ou uma quase

Certeza que ali agora está à essência da sua vida.


Isso mesmo!


Naquele corpo tão singelo,

Que ao mesmo tempo tem uma formosura incomum

Com curvas instigantes, te fazem.

Afogar num mar com pequenas ondas

Constantes, e te conduzem a um prazer e a.

Um estado pacífico sublime.


Essa é a magia do amor, devido a isso.

Esse sentimento é tão grandioso e

Cada vez mais raro neste mundo.

Camargo Ventura
setembro 28, 2010 | By: Juninho

O doce sabor do sorvete



O que tem acontecido com as mulheres ultimamente? Levantei essa questão após sucessivos fatos que ocorreram comigo e com amigos bem próximos. Consegue me dizer como se dá um inicio de um namoro?

Vou colocar duas maneiras clássicas de se iniciar um relacionamento. A primeira é quando se tem uma paixão avassaladora que nada consegue frear, muito comum em filmes, novelas e livros, onde o sentimento ganha corpo naturalmente, este muito comum na ficção está longe de ser o mais corriqueiro no mundo real, talvez pelo medo que todos nos possuímos de nos machucar amorosamente, e de nos arriscarmos.

A segunda situação é a mais comum, é aonde aos poucos, vamos conhecendo a pessoa que nos interessa, vamos modulando nossos impulsos para não nos expormos demais, até que nos sintamos seguros o suficiente para encarar algo mais sério e gozar de todas as delicias de um bom relacionamento. Atualmente o perigo está neste momento, no início, o flerte, apenas olhares acontecem. Uma aproximação tentando dizer algo, mas quando conseguem, meio que sem conseguir se expressar chama-a para tomar um sorvete, e dentro da cabeça de ambos, passam-se inúmeras perguntas, sobre onde aquilo iria chegar se iria chegar ou como são pessoalmente, ou o que está pensando de mim, será que vai pedir o meu telefone? Ao final do sorvete os telefones são trocados, os dois demonstram certo entusiasmo juntamente com insegurança. E se vêem passeando de mãos dadas, em uma praça com flores bonitas, e um pássaro cantando.

O segundo passo, um novo encontro é marcado, com segurança de que ela goste do programa, o encontro é feito na mesma praça. Conversam, andam de mãos dadas, fica olhando o tempo passar em silencio. Num banco sentam-se (é ai que esta a moral da historia) os dois se abraçam e começam a trocar inúmeras carícias, nada de agarramentos despudorados. Apenas carinhos ingênuos, que sempre precisamos durante nossas vidas, um carinho saudável que nos incentiva a seguir em frente, seguir com tudo, como a vida, o trabalho, as relações de amizades, com a sociedade, e mais pra frente em ingressar em um relacionamento mais sério.

Tudo parece ótimo, mas talvez a globalização (desculpa sempre utilizada para tudo que ocorre fora do normal), a Internet (afeta as relações entre as pessoas, favorece o distanciamento interpessoal), os motivos ao certo não sabemos, mas estas atitudes de carinho parecem se perder, parecendo ser questão de tempo, sua extinção.

Enfim as mulheres parecem com medo de receber um carinho. Minhas ultimas expereciências retratam melhor o que estou querendo descrever aqui. As tentativas que vivi, tiveram desfechos diferentes, mas todas com o mesmo conceito, exemplo, convido-a para sair, vamos ao cinema, existem trocas de carícias, alguns beijos, ao final cada um em sua casa. No outro dia mando uma mensagem via celular, ganho uma resposta animadora, ela me pergunta se poderemos sair mais vezes.

Esporadicamente mandei algumas mensagens, coisas do tipo, “como está o trabalho?”, “como está em casa?”, mas algumas obtive respostas, outras, não. Encontramos-nos algumas vezes rapidamente, não se pode considerar como encontros, mas sempre procurei ser atencioso, dar um pouco de carinho, afeto, atenção (Me respondam é ruim ou faz mal sermos atenciosos? Do meu ponto de vista, a sociedade deveria ser mais atenciosa, acredito que os relacionamentos independentes de qual tipo são, amizade, namoro, companheirismo, seriam mais saudáveis). Após três semanas em um dos nossos rápidos encontros ao final do dia ela me surpreende: “olha Camargo, é o seguinte, você reparou que eu não deixei que você se envolvesse muito comigo, não sei se quero nada serio, e eu não sei se mereço uma pessoa como você, não sei se dá para termos algo agora, eu namorei uma vez só, e não quero te machucar.”

Eu quis muito rir daquela situação, fiquei me perguntando, em qual momento dessa curta relação eu disse que queria algo sério neste momento. Eu quero um relacionamento sério, mas não era a hora e nem tinha certeza se era com ela que isso iria acontecer.

A questão é, todas as histórias foram as mesmas, um começo promissor e após pequenas doses de demonstrações de carinho elas se foram alegando não merecer ou que não querem um namorado agora. O que acontece mulheres? Vocês preferem homens que não tenham respeito por vocês? Homens mal educados? Homens que após o sexo se virem para o lado e dormem? Vocês não gostam mais de carinho e/ou educação e/ou atenção?

Será necessário, hoje, que para se ter uma mulher ao seu lado ate que tenha um namoro seja preciso ignorá-la, não demonstrar carinho, fingir a ela que você a ignora, disfarçar que não queria mandar uma mensagem, um e-mail com palavras carinhosas, não é preciso mais ter o sabor gostoso do flerte, da conquista?

Nesta mesma época um amigo, fomos a uma festa, durante toda festa ele ficou abraçado com uma garota, esta sempre pareceu merecer um pouco de respeito, sempre pareceu ser merecedora. Em momento algum se beijaram, mas segundo ele e para ela também, o que aconteceu foi algo interessante e gostoso de ter sido vivido, foi como um passeio na praça com flores e pássaros.

Tem faltado esse sentimento em nossa sociedade, tem faltado às pessoas perderem o medo de um momento de carinho, ternura, amizade, companheirismo, em alguns momentos não se é necessário mais nada, além disso. É obvio que se o relacionamento extrapolar e se transformar em algo mais sério como um namoro será ótimo, mas pra que apressar as coisas e desconfiar das intenções sem ao menos conhecê-las?

Camargo Ventura